Vivemos num duelo constante dentro de nós mesmos, geralmente
mascaramos tais sentimentos para não parecermos fracos diante de uma sociedade
por vezes hipócrita que não paga nossas dividas. Não conseguimos liberar o
Teseu que há em nós, alimentamos o minotauro e suas armas mortíferas que
rasgam e fazem sangrar inexoravelmente a alma. Criamos com isso uma espécie de
subterfúgio no desejo de alcançarmos a plenitude na essência da
palavra. Desbravamos
mundos inóspitos até chegarmos ao paraíso onde vivemos o ápice de sermos aquilo
que nossa realidade nos impossibilita... Somos reis, rainhas... Amamos e somos
igualmente amados. Fugir um pouco faz bem, nos dá força e coragem para
resistirmos os entraves encontrados no cotidiano. Hemos de convir que, permanecer
na fuga é covardia, romper os algozes é mais salutar. Porém, um pouco de fantasia revitaliza a alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário