O ser humano geralmente tem o hábito de acreditar, julgar,
aceitar como verdade absoluta a primeira informação que chega à sua frente. Contudo, muitos
relacionamentos já foram dizimados pela ausência de uma investigação, precisa,
minuciosa. Evidentemente que não se trata de regra geral, mas a maioria age
assim. Há um grande perigo de nos privarmos de boas relações quanto tomamos a
atitude incoerente de ouvir apenas um lado dos fatos que são apesentados a nós
muitas vezes diabolicamente ensaiados.
Duas amigas se encontram depois de um longo tempo de afastamento uma
da outra:
Créditos da imagem:ppt.photl.com |
- Olá! Tudo bem?
- Tudo bem. (sorriso frio)
- Como você está?
- Estou muito bem.
- Eu estou sentindo você meio distante, fria.
- Impressão sua, já disse que estou bem.
- Verdade? O que houve. Você não atendeu mais aos meus
telefonemas...
- Fiquei decepcionada.
- Com quem? Comigo?
- Sim. Eu pensei que você fosse minha amiga, mas me decepcionei
muito.
- Agora fiquei curiosa para saber do que se trata. Se eu fiz
algo, sinceramente nem eu mesma sei do que se trata. Fale, por gentileza.
- Nada. Esquece... Deixa pra lá.
- Não. Éramos muito amigas e se algo aconteceu que feriu a
nossa amizade é importante que eu saiba o que houve.
- Já disse: esqueça.
- Não posso esquecer e agora fiquei mais curiosa ainda para
saber o realmente aconteceu.
- Então vou falar já que você insiste tanto. Uma pessoa me
falou que você disse... Eu confio nela para afirmar que jamais mentiria pra
mim. O que você me diz?
- Bom, se essa pessoa falou tudo isso e você certamente
acreditou na versão dela sem sequer ouvir o outro lado, não serei eu que vou
mudar sua opinião uma vez que ela já está formada. Agora eu peço a você que
reflita com calma sobre alguns questionamentos. Você e eu somos amigas há
quanto tempo? Durante o tempo em que fomos amigas, sobre o que tanto falamos, o
que compartilhamos? Quantas vezes você ouviu dizer que eu relatei pra quem quer
que seja tudo o que um dia você confiou a mim? Pergunte a essa pessoa
utilizando essa linha de raciocínio (induzido) para se certificar com clareza
das supostas verdades que ela possa lhe dizer. Outra coisa, em nenhum momento você
procurou me ouvir. Quando eu percebi o seu distanciamento, me mantive à distância esperando que o tempo tomasse a direção. Desejo a você tudo de bom e quando chegar a uma conclusão
exata me procure, pois você saberá onde e como me achar.
- Vou fazer isso mesmo. Dê-me um tempo.
Despediram-se e cada uma seguiu seu caminho. A pergunta é: o
que restou daquela amizade outrora tão sólida?
-Dora Vitoriosa-
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