Ao rebuscar entre textos que escrevi releio um deles que
volto a lembrar, porque o mal continua a alastrar a vida:
Dedicatória
Publico crónicas e pensamentos em jornais.
Escrevo nos livros a minha história, a minha ilusão, a minha
aventura ou imaginação!
Dou de mim tudo o que sou. Mas dou!
Dou ao mundo a minha vontade de vencer. O meu querer!
Exponho o meu pensamento. Sujeito-me à crítica de quem tem
sensibilidade, ou não nada tem!
Mas dou a cara a tudo e sempre que sinto a injustiça, falo!
Observo o mundo que nos rodeia, o nosso habitat! A desilusão
do Criador. A morte lenta, mas certa, de quem não sabe preservar o seu direito
à vida.
Mas as tempestades de ventos gerados, por quem desrespeita
as regras da Natureza, põe em risco também os inocentes. E eu não posso ficar
calado!
Créditos da foto: www.ppt.photl.com |
Vejo a miséria que me revolta, sinto a ganância que me
choca!
Sou uma insignificância de gente no meio de gente que não
presta!
Há poucos mártires no mundo que sofrem na dor do semelhante!
Alguém pergunta, se um número tão reduzido tem voz no meio
de tanta desumanização?
Há ideais que se batem até à morte por princípios em que
acreditam e morrem na glória!
Eu não sei, por quanto tempo o mundo vai continuar a
praticar tanta injustiça:
A morte de tantos inocentes, as lágrimas de choro tão dorido
das nossas crianças, os milhões de estropiados físicos e de haveres, há muito fizeram
a ira do Criador!
Escrevo bem ou mal, tanto faz!
Mas quero continuar a denunciar a dor do mundo e a merecer
as bênçãos do Criador!
Quero ser igual em todos os dias, para que saibam quem sou!
Por tudo isto, eu quero dedicar os meus poemas aos que sofrem
as injustiças daqueles que ainda não entenderam que o mundo vai ter que mudar,
porque ninguém conseguirá a felicidade enquanto produzir a tristeza no seu
semelhante!
Principalmente para as crianças de todo mundo, as grandes
vítimas dos nossos erros, dedico as minhas palavras de esperança: Um mundo
melhor virá!
(IN "O Problema da gente são as pessoas “Angelino
Pereira_2004)
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