Imagem: www.jmnews.com.br
Meu “Brasil brasileiro” vive neste instante o
chamado momento de transição de Governo enquanto eu falo com os meus botões. Os
cargos de confiança estão sendo definidos a quem? Considerando que no “coração”
do político eleito as classes sociais são divididas em: o rico ou emergente, o
adversário, o bajulador e o pobre.
O rico ou emergente será sempre o convidado especial,
a ele todas as honras. O adversário é recebido também com honras e tapinhas nas
costas, e quando tenta se rebelar recebe um bônus de gratificação para
permanecer ou então, retornar.
O bajulador recebe uma pequena prenda ou migalhas,
pois seu grito de guerra será muito importante para abrir caminhos ao grande
chefe. Ao primeiro somente será dado um grão a cada dia, ou seja, sua fome
jamais deverá ser saciada e todos sabem disso, menos o próprio, claro.
Por fim temos o pobre – em maior número – sua classe
está subdivida em duas: a que tem curso superior e a outra desprovida de tais saberes.
A primeira sente-se desvalorizada e se compara a alguns que estão no topo da
pirâmide, observa que muitos que lá estão não tem metade da sua potencialidade
ou até mesmo uma família numerosa que possa render muitos votos em período eleitoreiro.
Cabe também ao pobre o título de traidor se mudar de “convicção política”, enquanto que ao rico ou emergente trata-se de estratégias, acordos, ou sei lá quantas desculpas
estapafúrdias.
A segunda subdivisão da classe pobre,
lamentavelmente, tem que pernoitar para conseguir falar com o politico eleito
ou no máximo o seu representante, rastejar para conseguir emprego com o
pagamento igual ou inferior ao mísero salário mínimo sem falar que raramente
recebe em dias e quando consegue o pão para alimentar sua prole, o poder segura
o prato nas mãos para não ir muito longe ou comer demais.
Gerar empregos, investir numa educação de qualidade
tornaria o povo livre, crítico e pensante de fato, o que seria uma grande ameaça
a qualquer governo que considera o nepotismo forma confiável de governar. Cresce,
contudo, o número de bolsa disso ou bolsa daquilo e evidentemente o índice de
criminalidade e, exorbitantemente, o número de famílias à margem do acesso ao
progresso, posto que a ordem é uma mãe falida.
A politica do pão com circo e suas ramificações de
peitos, bundas, tchus-tchas, frutas, legumes e hortaliças (como adjetivos da
mulher) lotam botecos e esvaziam livrarias.
... e assim caminha a humanidade entre pândegas e
galhofas.
- Dora Vitoriosa-
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