Obra: Mulher deitada = Liliane Brescia
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Não arranquem a minha tristeza
Quero viver cada fase dela
Até romper as correntes
Que prendem o meu espírito
Outrora livre e sonhador
Na ausência de cores
É também uma forma de me encontrar
Eu preciso deglutir cada gota marga da dor
Que rasga minha alma solitária
Quero suspirar profundamente
Sangrando, não sei se vivo ou morro
Faço de cada vã palavra-chave
Intercalada nos versos dele
Amor efêmero...
O meu acalento em dias negros
Depositar nos braços de Zéfiro
Meus versos tresloucados
Sussurrados...
De um coração partido em mil pedaços
Quantos oceanos...
Além das estrelas – talvez
Além das estrelas – talvez
Eles percorreriam até chegar
Ao destino exato – minha vida além-mar
Nos meus “ais” maldigo meu insano viver
E as trapaças do cruel Fado
Meu riso é torto, vago, confuso...
Sem cores, sem chão...
Esmoreço sob o lençol da apatia.
-Dora vitoriosa-