Entendo
a tua dor porque já sofri.
Sofrer
mais humaniza este meu pensar.
E
quando a revolta te leva a gritar,
Recorda
o sofrimento que eu já vivi!
Cadáver
não grita porque já não sofre.
E
a vida maldita que faz o teu sofrer,
No
mundo parasita que vê esse crescer,
Mata
vida pobre, esmaga sonho nobre!
Prémio
envenenado miragem que alucina:
Promessa
permanente que homem subestima,
Viagem
constante no mundo controverso.
Se
tudo o que procuras te serve de apego,
Bem
mais t´encontro e nada t´aconchego,
Porque
o prometido está muito disperso...
(Angelino Pereira)
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