Solidão
nem sempre é estar sozinho, às vezes vivemos rodeados por pessoas, entretanto
isto não significa que elas percebem os nossos anseios e menos ainda que ouçam
aquilo que a nossa alma quer dizer.
Seria
realmente simplista se a solução para a solidão fosse apenas estarmos rodeados
por várias pessoas, mesmo porque nem sempre estamos em volta daqueles que se
importam com a nossa felicidade ou que cuidem verdadeiramente dos sentimentos
que permeiam a nossa vida. O quantitativo de pessoas que estão por perto não
implica diretamente no qualitativo daquelas que estarão ao nosso lado amando,
respeitando, admirando, apoiando e nos aconselhando perante as decisões que
venhamos a tomar na vida.
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Outra
vertente da solidão é não termos pessoas que possam captar aquilo que a nossa
boca não consegue dizer, até porque as palavras ditas na maioria das vezes não
simplificam o que sentimos. Pois o ser humano costuma construir uma máscara e
viver a propagar algo que não é. Obviamente isso acorre pela falta de pessoas
nas quais possamos confiar e principalmente por que os que vivem a nossa volta
não conseguem enxergar além do que a nossa alma não consegue dizer.
Sendo
assim, estamos imersos numa reconstrução do conceito de “Solidão”, onde somente
o significado de estar só tornou-se insuficiente para abarcar sua amplitude,
pois sentir-se sozinho não é somente viver sozinho mediante quantidade de
pessoas. Solidão é ter muita...muita gente para não nos entender, é ter muita
gente que não consegue e menos ainda se esforça para captar o que a nossa alma
e o nosso coração querem dizer, estar só é ter gente que não consegue traduzir
em gestos tudo o que os nossos sentimentos necessitam para estarem preenchidos
e afastarem de vez a tal solidão.
Cristiane
Lopes, acadêmica do 7º período do curso de Pedagogia- CESB/UEMA.
“Educadora
enquanto profissão, Psicóloga de coração e Escritora por amor.”