![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpFyiR-XwL2h9glaib1oWvDJvzW1rRnygwrOsvkwfShCkFluAWZ1k-tnv1AKITCFRyOG4YulHStaG4u_UeSTPNw0IIwhnWGzOOlr7C4avqv4F4cxApo3nvd4roc3CODsECpCQDgAyoD4I/s400/chuva4.jpg)
Quando, malquisto da fortuna e do homem,
Comigo a sós lamento o meu estado,
E lanço aos céus os ais que me consomem,
E olhando para mim maldigo o fado;
Vendo outro ser mais rico de esperança,
Invejando seu porte e os seus amigos;
Se invejo de um a arte, outro a bonança,
Descontente dos sonhos mais antigos;
Se, desprezado e cheio de amargura,
Penso um momento em vós logo, feliz,
Como a ave que abre as asas para a altura,
Esqueço a lama que o meu ser maldiz:
Pois tão doce é lembrar o que valeis
Que está sorte eu não troco nem com reis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário